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Este site se designa para perguntas, duvidas e debates sobre textos Bíblicos e Teologia. Através de pesquisas em manuscritos antigos, artigos de valor, e escritores antigos e recentes, discutiremos sobre esse livro maravilhoso chamado Bíblia. Muitos não sabem, mas este best-seller contém mais dúvidas do qualquer outro livro já escrito. Por isso, eu, como Teólogo Historicista, vou discutir neste site dúvidas de qualquer área Bíblica, e responder perguntas ao meu alcance, de qualquer passagem, ilustrando com fatos e bases. ***Obs.: o Bíblia Dinâmica não propaga religião, nem faz propaganda de denominações***


II Macabeus
II Macabeus

Classificação: Deuterocanônico/Apócrifo

O Segundo livro II Macabeus não é a continuação de I Macabeus, mas sim um compêndio de vários fatos e escritos em volta do assunto o tornando um complemento do primeiro livro. São citados cartas, detalhes, e fatos isolados que ocorreram paralelamente com os acontecimentos narrados no diário de guerras dos Macabeus.

Com o mesmo valor histórico, porém não inspirado, o livro passa informações até então não discutidas, como oração pelos mortos e vida além da morte. Tais informações contestadas como heréticas. Vejamos:

Cartas

O inicio do livro cita duas cartas, a primeira como uma carta que foi escrita junto com o livro de I Macabeus, por um chamado Jasão de Cirene, e a segunda como um resumo da tentativa de do Primeiro-Ministro Heliodóro de roubar relíquias do templo de Jerusalém, e o trabalho que Simão Macabeu de impedir. O restante do livro fala sobre a revolta dos Macabeus, onde com riqueza de detalhes, se nota os esforços de guerra dos Macabeus contra os reinados de Antíoco Eupátor e Demétrio. Essa primeira parte registra a conversão de Heliodoro, um intendente do Rei Apolônio, que teve ordens de recolher todo tesouro do templo. Ordem baseada em um fato controverso reclamado ao Rei, por certo Simão.

Martírios

Após muitas ordens de Antíoco Epífanes de introduzir os costumes Helenísticos entre o povo, e muitas regras e leis se estabeleceram em Jerusalém, por isso, muitas pessoas foram mortas por não se curvarem essas regras, e muitas forma martirizadas por adorar o Deus vivo. Os casos são registrados de maneira penosa, como duas mulheres que foram acusadas de circuncidar seus filhos e foram atiradas das muralhas com seus filhos nos braços, matando ambos. Muitos que se escondiam nas cavernas eram queimados vivos, até um senhor sábio chamado Eleazar, recusou-se a comer carne de porco (que era proibido por lei) e foi morto espancado, quando também se recusou a fingir que comeria a carne. Mas o caso de maior repercussão no livro é de uma mulher com seus sete filhos, que foram cruelmente torturados e mortos, tendo ainda vivos, suas línguas cortadas com seus braços, e ao arrancarem seus escalpos, foram fritos em brasa até a morte.

A revolta

Nesta parte relata a revolta do povo, liderado por Judas Macabeus, detalhando estratégias de combate aos exércitos de Nicanor, Timóteo e Báquides. A riqueza dos detalhes destes relatos dá outra perspectiva dos contos do I Macabeus, mostrando historias parecidas e ao mesmo tempo complementando saltos na história. O Castigo de Antíoco ocorreu após prometer infligir o mal aos Judeus, e foi atacado por uma doença misteriosa nas entranhas. Mesmo doente, continuou a ameaçar os Judeus, e também como castigo, caiu de sua carroça que brando a maior parte de seus ossos na queda. Deixado pelos carregadores de seu corpo por feder e ter muitos vermes, Antíoco escreve um carta para os Judeus se arrependendo. O Governo de Eupátor

Por mais que se esforçasse a oprimir os Judeus, Antíoco Eupátor e seus comandantes sempre eram vencidos por Judas Macabeus e seu exercito. Este diário de guerra se difere do diário de I Macabeus, pelo fato de descrever o apoio espiritual de anjos em batalhas, pois por mais de uma vez vemos Judas sendo auxiliados por cavaleiros reluzentes e saindo vitoriosos. (Veja II Mac 10: 29-30 / II Mac 11: 08-10)

Conclusão

O que vemos neste livro é uma revolta liderada por Judas, que vingou o povo Judeu de Reis perversos. O martírio é visto e justificado pelos próprios Judeus como castigo por pecados contra Deus, porem não é citado durante o livro que o castigo havia vindo das mãos de Deus, e sim uma dedução do escritor. Deus não aprova matanças e massacres, como vemos no próprio livro que cita varias vezes o horror e derramamento de sangue promovido pelo exercito de Judas, por pelo mesmo motivo de derramamento de sangue em excesso, o próprio Rei Davi, não pode construir o templo; (Veja 1° Crônicas 22: 8) por tanto, a vingança, o ódio e a ira não são bem vistas aos olhos de Deus. (Veja Gálatas 5: 19)

Obs.: Do contrário de I Macabeus, II Macabeus não conta a história da liderança dos outros Macabeus, somente de Judas.